segunda-feira, junho 12, 2006

Umas ideias para dar visibilidade à indignação

Isto tem de se agir. Tem mesmo. Uma coisa que dê nas vistas: por exemplo, dar efectivamente nas vistas de alguém. (Desculpa lá esta, Sindroma, palavra que não era uma indirecta!) Eu estava a pensar em dar-se nem que fosse nas vistas de... Não? É melhor não nos metermos em violências?
Bem, mas tenho outras ideias.
Se o que falta é visibilidade, porque não pôr a escola a fazer uma manif aqui mesmo à porta, com os homens marchando à frente? Os homens marchando à frente, digo eu, por causa precisamente da história da visibilidade: devo confessar que nos últimos anos nos temos tornado todos bastante visíveis, sobretudo barrigalmente. (A matilha dos machos tem-se reunido às vezes aí no refeitório, a horas em que aquilo já não é um zoo, e os petiscos mais a garrafinha de tinto que levamos num saquito do Pingo Doce têm feito os seus estragos). Também não vos parece bem?
Bom, avancemos. Ontem estava ali um gajo a sugerir que fizessemos uma greve de fome diante do ministério. Mas se vos dissesse quem foi o gordo da ideia, viam logo que não era para se levar a sério. Só se fizessemos a ministra acreditar que as da dieta 10 não estavam a fazer dieta nenhuma, e sim uma greve de fome. Mas o problema é que isto são tudo planos que levam tempo a concretizar e, sinceramente, não sei se as da dieta 10, continuando no seu ritmo alucinado, se aguentam vivas até lá.
Eu já me ofereci para um «tête-à-tête» (gostaram? nem a trombone) com a ministra, mas desde aí tenho reparado melhor, tenho visto mais atentamente a ministra na televisão, e já comecei a arrepender-me da generosa oferta. Não sei se... não sei, não sei!