segunda-feira, junho 05, 2006

Escola e tourada

Como homem a sério, nado e criado entre touros e campinos, sei perfeitamente que o que faz falta numa escola é pulso firme.
Sem querer exagerar em comparações que possam ser mal entendidas, imaginem que, na arena, o touro se portava mal. Acham que se poderia resolver a questão com uma reprimenda, tipo - Eh, touro lindo, vê lá, olha que assim a gente se zanga...!?
Ou com um dia de suspensão!? Não me façam rir. Se dessem um dia de suspensão ao touro, o que é que julgam que lhe passava imediatamente pelos cornos? - Boa! O que é que eu tenho de fazer para me darem uma semana inteira sem aturar touradas?
Ora nesta escola, tenho de o dizer, falta um bocado de pulso. Mas um dia que haja, o pulso tem que ser igual para todos.
Bem sei que muitos me acusam de chegar tarde, mas, oiçam, eu não sou capaz de cumprir horários. Nunca fui, não ia ser agora que ia mudar, sob pena de deixar de ser reconhecido como sou. Por isso é que às vezes tenho que me calar. Nem sou para mim nem sou para os outros, senão há aqui del rei que ele é isto, que ele é aquilo. E, pensando bem, na minha idade já não tou para me chatear.
Bem. Ainda há umas coisitas que me chateiam, essa história de ministra dizer que os professores só se podem vestir às cores e deixar de vestir de preto, eu, por exemplo, já não concordo. Eu até gosto de preto.