sexta-feira, junho 16, 2006

Resultado dos testes para apuramento do perfil psicológico dos alunos do 10º X

1. Agapito Dourado : Menos mal
2. Alberto Esperto: Escapa (intelectualmente, escapa pouco; às aulas é que escapa muito)
3. Alex Sussex: Idiota
4. Blimunda Limpinha: Cretina
5. Cristina Cristalina: Cretina -
6. Danoninho Longa-Vida: Imbecil +
7. Eleutério Sortudo: Besta
8. Estrelita (Cereal Killer): tem tendências suicidas
9. Fagundes Manchado: borra os trabalhos todos
10. Gaspar Vo: Idiota/cretino
11. Gigi Looking-Flowers: Mentecapto
12. Guto Boavida: Estúpido (a mãe pensa que ele é sobredotado, eh eh)
13. Jonas Faísca Trovoada: Está sempre de trombas
14. Juca Papo d’Anjo: Parece um doce, mas não é
15. Micas Baril: Parva
16. Pilar Caruncho: Mete-se em todo o lado
17. Suzy Pretty-o-Old: Chata
18. Teco Baril: Tonto
19. Tico Baril: Pateta
20. Zé Broncas: É um cromo
21. Zé Kalanga: Tem a mania que é craque
22. Zeca Gança: Empertigado

segunda-feira, junho 12, 2006

Umas ideias para dar visibilidade à indignação

Isto tem de se agir. Tem mesmo. Uma coisa que dê nas vistas: por exemplo, dar efectivamente nas vistas de alguém. (Desculpa lá esta, Sindroma, palavra que não era uma indirecta!) Eu estava a pensar em dar-se nem que fosse nas vistas de... Não? É melhor não nos metermos em violências?
Bem, mas tenho outras ideias.
Se o que falta é visibilidade, porque não pôr a escola a fazer uma manif aqui mesmo à porta, com os homens marchando à frente? Os homens marchando à frente, digo eu, por causa precisamente da história da visibilidade: devo confessar que nos últimos anos nos temos tornado todos bastante visíveis, sobretudo barrigalmente. (A matilha dos machos tem-se reunido às vezes aí no refeitório, a horas em que aquilo já não é um zoo, e os petiscos mais a garrafinha de tinto que levamos num saquito do Pingo Doce têm feito os seus estragos). Também não vos parece bem?
Bom, avancemos. Ontem estava ali um gajo a sugerir que fizessemos uma greve de fome diante do ministério. Mas se vos dissesse quem foi o gordo da ideia, viam logo que não era para se levar a sério. Só se fizessemos a ministra acreditar que as da dieta 10 não estavam a fazer dieta nenhuma, e sim uma greve de fome. Mas o problema é que isto são tudo planos que levam tempo a concretizar e, sinceramente, não sei se as da dieta 10, continuando no seu ritmo alucinado, se aguentam vivas até lá.
Eu já me ofereci para um «tête-à-tête» (gostaram? nem a trombone) com a ministra, mas desde aí tenho reparado melhor, tenho visto mais atentamente a ministra na televisão, e já comecei a arrepender-me da generosa oferta. Não sei se... não sei, não sei!

quarta-feira, junho 07, 2006

Do que a senhora precisa, sei eu!

Quanto mais penso em todas estas questões que se têm levantado acerca dos professores, daquilo que passa para a opinião pública, e do que se tem ouvido dos mais variados quadrantes dos nossos caros opinion-makers (eh lá!, que esta agora saiu-me mesmo bem) e de outros que tais, cresce em mim algo que só mesmo um verdadeiro homem pode entender.

Ora bem, meus caros: vocês têm que perceber de uma vez por todas que os únicos que podem opinar sobre toda esta situação com verdadeiro conhecimento de causa, são mesmo os professores. E portanto, há que os ouvir antes de começarem a deitar cá para fora postas de pescada. Eu cá já estou verdadeiramente cansado dessas pescadinhas de rabo na boca.

Senhora Ministra, digo-lhe com toda a frontalidade: a senhora não anda bem. Não é possível. Tanto stress, tanta agressividade, tanto disparate junto, tudo isso são sinais de que a senhora está a precisar de relaxar. Precisa de ajuda? Ligue cá para o Ferreiro – que eu sei muito bem do que é que a Senhora Ministra está a precisar. Um bom aperitivo antes do jantar, umas massagenzinhas, um jantar ao som de música relaxante, regado com um bom vinho tinto... e de manhã a senhora ia mesmo parecer outra. As coisas que um homem é capaz de fazer pela dignificação da carreira docente!

segunda-feira, junho 05, 2006

Escola e tourada

Como homem a sério, nado e criado entre touros e campinos, sei perfeitamente que o que faz falta numa escola é pulso firme.
Sem querer exagerar em comparações que possam ser mal entendidas, imaginem que, na arena, o touro se portava mal. Acham que se poderia resolver a questão com uma reprimenda, tipo - Eh, touro lindo, vê lá, olha que assim a gente se zanga...!?
Ou com um dia de suspensão!? Não me façam rir. Se dessem um dia de suspensão ao touro, o que é que julgam que lhe passava imediatamente pelos cornos? - Boa! O que é que eu tenho de fazer para me darem uma semana inteira sem aturar touradas?
Ora nesta escola, tenho de o dizer, falta um bocado de pulso. Mas um dia que haja, o pulso tem que ser igual para todos.
Bem sei que muitos me acusam de chegar tarde, mas, oiçam, eu não sou capaz de cumprir horários. Nunca fui, não ia ser agora que ia mudar, sob pena de deixar de ser reconhecido como sou. Por isso é que às vezes tenho que me calar. Nem sou para mim nem sou para os outros, senão há aqui del rei que ele é isto, que ele é aquilo. E, pensando bem, na minha idade já não tou para me chatear.
Bem. Ainda há umas coisitas que me chateiam, essa história de ministra dizer que os professores só se podem vestir às cores e deixar de vestir de preto, eu, por exemplo, já não concordo. Eu até gosto de preto.

O que mais irrita o mulherio

Como macho destacado e, devo dizê-lo, com algum poder nesta escola, sei perfeitamente quais são as cinco atitudes que fazem perder a cabeça às mulheres que me procuram com as suas eternas queixas sobre os alunos, os funcionários, as salas, mais isto, mais aquilo:

1. Voltar-lhes as costas no auge da exaltação, deixando-as a falar sozinhas. (Esta é muito boa!)
2. Dizer: «Não sei como é que o teu marido te aguenta!!!»
3. Grunhir: "Vai pra casa coser meias".
4. Encolher os ombros no meio duma gritaria (sim, elas só sabem é gritar quando se irritam, umas histéricas) e fingir que não ouvi nada.
5.Meter no caixote do lixo as pilhas de papéis que me deixam com recadinhos. Até hoje, ainda nenhuma foi capaz de dizer: -ouve lá, anda daí tomar um café. Ná! Isso é só para os outros. A mim só me vêm com problemas.
Digo mais, estou a ficar farto disto.

sexta-feira, junho 02, 2006

Eu avisei!

Ontem falei em má criação. Portanto, hoje o tema é a má-criação dos alunos. Que é uma coisa que me tira do sério.
No meu tempo, um tabefe na cara (ou uma lambada na beiça, ok, esta tem direitos de autor...) valiam mais do que vinte sermões.
Hoje, falar com eles é o mesmo que atirar pérolas a...a...a enfim, surdos... e isso chega a tirar-me o sono. Mais do que as bombas que a ministra dispara. Bombas.
Viram as notícias? Pois, foi descoberta uma bomba da primeira guerra mundial no centro de Londres! Lembrei-me logo que bom seria se descobrissem uma lá no recreio da nossa escola! Ocorreu-me até quão bom seria se ela explodisse no momento em que ouvimos certas alarvidades ali mesmo.
Eles dizem asneiras, cospem no chão e pior, fartam-se de cuspir para o ar!!! Só quem lá anda! Oh senhora ministra, não quer vir à nossa escola no intervalo das 10?
Acreditem que começo a ficar farto disto. Às vezes acho que só com um regime repressivo é que isto vai ao sítio. Se estes miúdos passassem uma semana na mesma tropa que eu passei, já se tinham pura e simplesmente desvanecido. Aquilo é que era a sério, pá. O Sargento Balicha dizia-me muitas vezes: - Ó 39, olha que tu agora queixas-te, mas vais ver que o que aprendes na tropa te vai servir para a vida inteira. E vais ver que ainda vais ter saudades destes bons tempos! Aqui é que se fazem homens. Vá lá, ó seus mariquinhas, trezentas flexões (se não for assim que se escreve, não faz mal, a própria rainha de Inglaterra, que afinal é excelente em Português, tratará de emendar!)
E a a gente fazia-se homens. Quando me lembro desses tempos da tropa, até me vêm lágrimas aos olhos. Que eu, cá no fundo, no recheio, sou todo manteiga.
Pois duma tropa dessas é que esta maltosa precisava para aprender a ter cuidado com a língua. Nós até dizíamos asneiras, sim senhor, mas nunca à frente do Sargento Balicha. Quando o nosso sargento estava presente, só ele é que falava!!! Que bom que era.

quinta-feira, junho 01, 2006

Disto é que eu gosto

O meu sonho concretizou-se hoje, descobri como é simples criar um blog destes.
Eu, apaixonado pela verdade e pela transparência! Eu que gosto de dizer o que penso e nunca oculto as verdades.
A partir de hoje nada será como dantes! E falavam vocês dessa tia quéque de Cascais, a tal trombone mais a sua língua de víbora. Ao pé de mim, a trombone vai parecer uma santinha. Preparem-se, que não ficará pedra sobre pedra. Não ficará ninguém de pé. (Já não havia, por estes lados, muita gente de pé, é verdade).

Eu gosto desta coisa de mandar bocas. De agredir. Faz bem à saúde. À minha, pelo menos. Não à saúde dos alvos das bocas, é claro. Gritar com os outros mexe-me cá com a adrenalina. Gosto de deixar gente a chorar. De mandar mulheres coser meias. De mandar pessoas trabalhar. (Mando-as, por exemplo, fazer o meu trabalho, o que ainda é melhor para a minha saúde e pior para a delas...). Chamam-me malcriado. Não. Sou frontal. O termo que aprecio é: frontalidade! Vão ver a que ponto consigo ser malcr... frontal!